quarta-feira, 17 de junho de 2009

Os loucos anos 20



Depois da "Belle Epoque" (1871-1914) e da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o mundo ocidental conheceu uma nova fase de desenvolvimento económico conhecida como "os Loucos anos vinte". Em consequência, aumentou o número de membros das classes médias e de consumidores. As populações alteram os seus padrões de vida e a mulher ganha um novo estatuto.

As mudanças sociais


Durante a segunda metade do século XIX, devido principalmente às grandes tranformações económicas, verificaram-se importantes mutações na sociedade europeia que continuaram no início do século XX. Ligado ao desenvolvimento do sector terciário, verificou-se o crescimento das classes médias, constituídas pela pequena e média burguesias. Graças ao seu nível de instrução e de conscencialização, passaram a desempenhar um importante papel nas sociedades dos países industrializados, sendo responsáveis por significativas mudanças políticas, sociais e culturais no século XX.

As mulheres lutam pela igualdade de direitos






Durante a Primeira Guerra Mundial, as mulheres tinham substituido os homens em muitas actividades profussionais. Nos anos vinte, elas continuaram a ocupar bastantes postos de trabalho na indústria e nos serviços. Ao mesmo tempo, começam a libertar-se da sua situação de dependência, adoptando novos hábitos de vida. Com o apoio dos movimentos feministas, muito activos, desde o início do século, na Inglaterra e nos EUA, as mulheres lutaram pela igualdade de direitos em relação ao homem, quer na família, quer no trabalho, quer na vida política, conseguindo alcançar em muitos países, o direito de voto. Para saber mais, clique aqui





As flappers

A revolução nos valores morais e nos costumes


Depois do choque da guerra, do sofrimento e miséria que ela provocou, os costumes mudaram. As pessoas procuraram esquecer o pesadelo da guerra e as adversidades do quotidiano. A prioridade é gozar a vida, procurar desenfradamente prazer e divertimentos. Foram os "Loucos anos 20", ou para usar a expressão americana, "the roaring twenties".


O entusiasmo pela vida nocturna aumenta...

Os cabarets animam-se com os novos ritmos originários da América:

o Jazz


As novas danças como o charleston e o foxtrot

O charleston:




O foxtrot:

A moda também muda

Livre dos espartilhos, usados até o final do século 19, a mulher começava a ter mais liberdade e já se permitia mostrar as pernas, o colo e usar maquilagem. A boca era carmim, pintada para parecer um arco de cupido ou um coração; os olhos eram bem marcados, as sobrancelhas tiradas e delineadas a lápis; a pele era branca, o que acentuava os tons escuros da maquilagem.

Croqui publicado na "Folha da Noite", em 16 de setembro de 1926A silhueta dos anos 20 era tubular, com os vestidos mais curtos, leves e elegantes, geralmente em seda, deixando braços e costas à mostra, o que facilitava os movimentos frenéticos exigidos pelo Charleston - dança vigorosa, com movimentos para os lados a partir dos joelhos. As meias eram em tons de bege, sugerindo pernas nuas. O chapéu, até então acessório obrigatório, ficou restrito ao uso diurno. O modelo mais popular era o "cloche", enterrado até os olhos, que só podia ser usado com os cabelos curtíssimos, a "la garçonne", como era chamado. Para saber mais clique aqui

Mais moda

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terça-feira, 16 de junho de 2009

Graças a ....

Gabrielle "Coco" Chanel revolucionou a década de 20, libertando a mulher dos trajes desconfortáveis e rígidos do século XIX. Era independente, bem-sucedida, com personalidade e estilo.
Para saber mais sobre ela , clique aqui.

Madeleine Vionnet


Madeleine Vionnet revolucionou a moda da década de 1920 com o seu estilo feminino e etéreo. A lendária criadora celebrizou-se pela introdução do corte em viés e pela criação de elegantes vestidos drapeados inspirados no vestuário grego, que envolvia o corpo numa única peça de tecido. Vionnet deu uma nova fluidez ao vestuário feminino e alterou o curso da moda com as suas inovadoras e sensuais criações, hoje veneradas como obras de arte.
Madeleine Vionnet foi a primeira a utilizar o corte em viés para criar roupa. Até então esta técnica só tinha sido usada para fazer golas. Desenvolvia as suas criações num pequeno manequim de madeira, criando os cortes mais requintados a partir de formas básicas como quadrados e triângulos. Para conseguir cortar os vestidos em viés mandava fabricar os tecidos com dois metros de largura. Comparada a Chanel, Vionnet é ainda hoje uma desconhecida, talvez porque produzia Rolls Royces, enquanto Coco foi o Ford da moda. Para saber, clique aqui.



Jacques Doucet e Paul Poiret


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segunda-feira, 15 de junho de 2009

A cultura de massas

No período entre as duas guerras mundiais, a cultura deixe de ser acessível exclusivamente à elite burguesa da Belle Epoque para se estender a um número crescente de pessoas, surgindo assim, a cultura de massas. Os factores responsáveis pela sua origem foram os seguintes: o desenvolvimento das tecnologias ligadas aos meios de comunicação social (mass media) , o alargamento da escolaridade e o aumento dos tempos de laser, proporcionado pela redução dos horários de trabalho. Deste modo, assiste-se a uma universalização da cultura. Para saber mais, clique aqui.

O cinema, uma fábrica de ilusões

Hollywood era, na segunda década do século XX, um dos maiores centros de produção de filmes mudos (os filmes sonoros só apareceram em 1927). Cómicos ou dramáticos, de terror ou aventuras, os filmes proporcionavam aos espectadores horas de emoções, de fantasias, de ilusões românticas. Para saber mais, clique aqui.

Cenário que representava a Babilónia, construído para o filme Intolerância de Grifitth (1919)

As estrelas





As estrelas de cinema, como Charlie Chaplin, Louise Brooks, Theda Bara, Rudolfo Valentino, Greta Garbo eram adoradas e imitadas por milhões de pessoas.

Os tempos da rádio


A rádio exerce uma enorme influência sobre o público. Em 1929, existiam, só nos EUA, 10 milhões de aparelhos. Difunde os novos ritmos musicais,informação e publicidade. Nos anos 30, virá a ser também, em muitos países da Europa, uma verdadeira arma de propaganda política.

sábado, 13 de junho de 2009

A imprensa




Capa da revista Vogue nos anos vinte.
A imprensa passou a contar com um número crescente de leitores. Os jornais aumentaram as suas tiragens, fornecendo notícias diárias e reportagens sobre os acontecimentos da actualidade. Para ver mais, clique aqui

sexta-feira, 12 de junho de 2009

A banda desenhada



Surgem novos heróis como Flash Gordon, "salvador do universo" e Tintin, o aventureiro viajante.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O desporto

Depois da 1ª Guerra Mundial, o desporto torna-se uma importante manifestação da cultura de massas, transforma-se num dos espectáculos mais populares, atraindo milhares de pessoas aos campos e estádios. Nos anos vinte, as modalidades que mais entusiamo despertavem eram, nos EUA, o boxe, o baseball e o basquetebol e, na Europa, o ténis, o ciclismo, o boxe e o futebol.


quarta-feira, 10 de junho de 2009

O gosto pela velocidade: automóveis e aviões

Charles Lindberg e o seu Spirit of St. Lewis.

Um grande progresso foi feito no campo da aviação nos anos 20 e 30, como o voo transatlântico de Charles Lindbergh, em 1927, e o voo transpacífico de Charles Kingsford Smith no ano seguinte (1928). Um dos mais bem sucedidos projectos daquele tempo foi o Douglas DC-3 que veio a ser a primeira aeronave de uso de uma companhia aérea, que foi rentável para o transporte de passageiros, começando assim, a era moderna de aeronaves de transporte de passageiros.